sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Nova Zelândia, terra das fortes emoções!

Milford Sound - Fiordland


Meus queridos seguidores quase órfãos, resolvi tomar jeito e voltar a escrever.

Vamos lá. Parei no capítulo Nova Zelândia. Me arrepio só de voltar lá na memória e lembrar das sensações que senti abraçada pela natureza daquele país. Da chegada no avião aos diversos passeios que fiz, por onde você passa o pensamento é sempre alguma do tipo: “queeeeee iiiiisso... que lugar foooooda....”

Voltando um pouco no tempo, me lembro do meu primeiro dia de viagem, quando ainda não tinha noção de como seria nada. Chegou a rolar um questionamento interno se eu daria conta ou se havia virado uma velha exigente em relação a estar com muita gente, dividir quarto em hostel com molecada farrenta, essas coisas. Não sabia muito bem se meu lado aventureiro de mão cheia ainda estava em alta ou se estava meio adormecido . Eis que descobri que ele estava lá e tenho aprendido muito com isso, principalmente a entender que a liberdade e o desprendimento andam de mãos dadas com a coragem, mas só acontece se você entende que é preciso sair da inércia para viver novas aventuras.

A sensação de desconforto inicial com a diferença de fuso foi enorme e fiquei meio tonta, mexida e insegura com o fato de estar muito longe de casa, de vocês e do conforto habitual de ter o controle sobre as coisas. Fiquei horas batendo cabeça com o mochilão, que estava achando enoooorme pra quantidade de coisas que eu acreditava realmente precisar. Tirava uma coisa aqui, colocava outra coisa ali, toda atrapalhada sem saber muito bem como me organizar num espaço tão pequeno e além de tudo cheia de fuso na cabeça exausta e tendo que ensinar meu corpo que eu só poderia ir dormir à noite. Conhecer a cidade, que é bem pequena, mas muito bonita e civilizada, foi a melhor solução que encontrei.

Eis que consegui vencer o primeiro dia e nos dias seguintes acordei confiante e cheia de vontade de explorar aquela belezura toda. Conheci parte do parque nacional de Fiordland, onde fica Milford Sound, um dos lugares mais poderosos energeticamente que já conheci. Uma baía rodeada por montanhas enormes que abrigam vários tipos, tamanhos e formatos de cachoeiras, formadas pelo derretimento de geleiras e pelas constantes chuvas daquela região. Do barco dava pra sentir a imensidão da natureza daquele lugar de tal forma que me emocionei várias vezes. Chorei, gritei, agradeci, vibrei, emanei, rezei, meditei, amei, gargalhei, dancei, fotografei, filmei, me molhei, tomei vento no rosto de braços abertos me sentindo com asas e realmente naquele momento... “mmmmmm” como eu voei alto! Nem sei dizer o tamanho de tudo que me aconteceu ali, só sei que estava repleta de paz, simples e profunda. Aquilo que buscamos constantemente na teoria, mas que esquecemos de viver no dia a dia de nossas vidas por tolice de que existem coisas mais urgentes e importantes a fazer... que bobagem.




Fiz outras coisas muito bacanas lá em Queenstown também! Me taquei do 4o maior bungy do mundo, 134 metros de puro deleite no ar com adrenalina e gritos de milhões de decibéis (bem diferente dos asiáticos que se tacavam sem dar um pio...). O Bruno vai se tacar do 2o do mundo, que fica na África do Sul, muito em breve, 230 m, só perde pro da Suíça, 250m (mais ou menos isso). Subi uma trilha linda e bem pesada (íngreme do início ao fim) que leva ao topo da cidade, onde existe um complexo turístico com restaurantes, vôos duplos, trilhas iradas de mountain bike. Aluguei um Kaiak de 2 lugares com minha amiga sueca de 21 anos e fomos margeando o lago Wakatipu num dia ensolarado, com a água turquesa e limpinha vendo cachoeirinhas no caminho.  O verão da ilha do sul é bem parecido com o nosso inverno do Rio. De dia no sol uns 25o no máximo e à noite sempre um casaquinho pra não congelar.

Nevis Bungy - 134m

Foram muitas as emoções vividas na Nova Zelândia. Terra de gente simpática, altamente civilizada e acostumada a beça com turismo. Não é a toa que conheci tanta gente de vários países procurando emprego temporário, sem data pra voltar pra casa. Gente bem jovem e corajosa.

Me despeço dizendo que um dia todos merecem conhecer essa ilha maravilhosa dos Hobbits! Aliás, em breve começarão lá as gravações do novo filme do mesmo diretor do Senhor dos Anéis, que se chamará “The Hobbit”. Não posso esperar pra olhar aquelas paisagens de novo... mesmo que na telona.

Kia Ora!



4 comentários:

  1. E não é que atualizou mesmo?!!!DEMAIS neguinha!!Gostei do "pedalo" amigona,vamos botar pra frente esse BLOG que o povo fica curioso pra te acompanhar!Amei ver sua carinha ontem,fui dormir com o coração mais sereno e mais feliz ainda de saber que iremos ver a sua carinha amanhã de novo,só que dessa vez com a Pimpinha embaixo do suvaco!!!HOJE,tamo mais junta do que nunca!!!LOve!Love!Love!!

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  2. O viagensinha do caralho, desculpe o palavrão mas não consegui pensar nada diferente para falar diante de tantas emoções. Curta bastante essa viagem e se prepare para continuar viajando o mundo mais depois a negócios reflorestando e ajudando a recuperar nosso planeta para que essas lindas imagens continuem existindo.
    Fica com Deus, Te amamos Muito.

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  3. Que delicia!!!! Living vicariously through you!

    Lot's of love,
    Carol

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  4. Que ótimo, Camis!!

    Imagino exatamente o que está sentindo na busca pela sua transformação humanda!

    Imagino exatamente o que está sentindo.

    Bom demais acompanhar seu sonho através das suas belas e simples linhas de palavras e emoções. Te vejo falando "que fodaaaa!" a cada descoberta de lugares e sensação únicas!

    A vida é simples e você está vivendo isso e passando pra nós, que continuamos afundados nesse rítmo doido que nos faz esquecer disso o tempo todo. OBRIGADA!

    Aproveite muito, muito, muito!

    Quero mais! Viciei na sua adrenalina!

    Curta o simples!

    Beijoooos!

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